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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Novo Artigo: "O Dízimo e o Sábado"

(Subtítulo: "As Incoerências dos Apologistas Cristãos Defensores da Obrigatoriedade do Dízimo na Nova Aliança")

Por D. S. Castro.

Olá, Amados e queridos irmãos e amigos. A Paz de Cristo a todos!
 
Há alguns dias iniciei um novo artigo sobre a questão do suposto "dízimo cristão" e gostaria de compartilha-lo com todos os que de fato têm buscado a verdade sobre este tão "polêmico" assunto no meio cristão (lamentavelmente, em geral, por razões escusas). O artigo em apreço poderá, quem sabe, se Deus assim o permitir, transformar-se em um livro, conquanto esta não tenha sido minha real intenção inicialmente. Caso Ele, por Sua infinita graça, conceda-me mais tempo para prosseguir em minhas pesquisas e estudos sobre a questão é provável que assim ocorra, e, certamente, isto será para Sua eterna glória! Uma coisa, porém, é certa, e por inúmeras vezes já o declarei: O "dízimo cristão" não passa de uma das maiores e mais bem engendradas mentiras contadas por séculos pela igreja "institucionalizada", e não tem qualquer apoio bíblico na Nova Aliança! Este fato é inquestionável! (Leiam os artigos que tenho escrito sobre o assunto neste mesmo espaço, e as mensagens que troquei com alguns dos "grandes apologistas cristãos" da atualidade sobre a questão!). É verdade, porém, que muitos têm aceito este enganoso "doutrinamento" (mui conveniente para o "clero eclesiástico", certamente!) por ignorarem a genuína verdade da Palavra de Deus, deixando subjugar-se pelas corruptas tradições humanas herdadas da "igreja imperial" do quarto século, via reforma protestante. Sei também que muitos têm insistido em defender esta prática como um suposto "princípio" cristão, contudo, não há nenhuma justificativa aceitável para tal, pois a falácia de tratar este preceito da lei mosaica como um "princípio" dentro do cristianismo só funciona na teoria, pois na prática não há como negar o legalismo por trás dela.
 
Pois bem, concluí o artigo! No entanto, são mais de 40 páginas de texto com referências e notas bibliográficas, tratando especificamente das incoerências dos apologistas cristãos e dos doutrinadores do dízimo quando o avaliamos (o dízimo) à luz dos argumentos comumente utilizados por eles para refutar os sabatistas. Como torna-se inviável postá-lo aqui (pelo menos a princípio), disponibilizo a quem interessar possa o link para baixa-lo gratuitamente e avalia-lo à luz da razão, e sobretudo, das próprias Escrituras! Reconhecendo-me passível a falhas, peço que, por favor, se encontrarem incoerências de minha parte, apontem-nas, no amor de Cristo, para que eu as corrija!
 
Em Cristo,
 
Darivan Castro.
 
O link para baixar o artigo segue abaixo: 
 
 
Nota: O arquivo foi postado no site '4shared.com'. Se você não tem conta no mesmo, poderá fazer o login, por exemplo, via Facebook ou Google. Qualquer dúvida, deixe um comentário! Estamos à disposição.

domingo, 22 de junho de 2014

A lamentável conveniência e parcialidade do CACP e seus frágeis argumentos com respeito à questão do “Dízimo Cristão”

Confrontando os “gigantes”!

(Email’s trocados com o CACP (Junho de 2014) sobre a questão do DÍZIMO)

Nota de esclarecimento: Diante dos fracos argumentos da equipe do CACP (Centro Apologético Cristão de Pesquisas) em defesa do "dizimo cristão", centro este de cujo portal sou assinante, estou escrevendo um artigo sobre tratando de pelo menos dois "excelentes contra-argumentos contra o sabatismo" que, lamentavelmente, são "invalidados" por seus apologistas (refiro-me aos apologistas membros e diretores do CACP), pela incoerente parcialidade do referido centro em negar qualquer direito de manifestação oficial (por meio de artigo) àqueles que argumentam com irrefutáveis provas contra a obrigatoriedade do dízimo para o cristão! Como deixo claro no comunicado por mim enviado à instituição tornando-os cientes de minha intenção em trazer a público as mensagens que trocamos, não busco denegrir a sua imagem muito menos a de seus membros diretores que, como servos do Senhor, muito têm contribuído para o esclarecimento dos santos com respeito a vários assuntos fundamentais à defesa da sã doutrina. Minha real intenção é mostrar que, à despeito das frustradas tentativas de muitos em espiritualizar à questão do dízimo para fazê-la adequar-se à na Nova Aliança, não há qualquer respaldo bíblico, histórico ou teológico para sustentar este "caduco" preceito dentro da dispensação da graça - ´receito este que foi completamente abolido por Cristo na Cruz, juntamente com todos os demais 611 mandamentos da lei mosaica (dois pontos da compilação destes mandamentos incluem o dízimo) (Leiam 2 Coríntios 3:14; Colossenses 2:14). E os frágeis argumentos do CACP em sua defesa (do preceito do dízimo como obrigatório à Igreja) provam isto de modo inequívoco! 

Em 8 de junho de 2014 20:37,
<darivancastro@yahoo.com.br> escreveu ao CACP:

Com todo respeito, tenho notado com lamentos a parcialidade do CACP com respeito à publicação de artigos em defesa da obrigatoriedade da prática do dízimo para a igreja. Gostaria inicialmente de deixar claro que não pertenço a nenhum grupo, organização, instituição, denominação, partido ou seita cristã, pois há muito, sem qualquer presunção, fui por Cristo liberto desta carnalidade (1 Coríntios 1:12; 3:4) e vivo apenas segundo a Perfeita e Infalível Palavra de Deus congregando-me sempre que posso com aqueles que verdadeiramente estão unidos à única e verdadeira igreja neotestamentária - 'o corpo de Cristo', 'Sua Noiva', a 'assembleia dos santos', 'a casa de Deus' – sem me ater às conveniências advindas de tais meios acima mencionados que costumeiramente se autodenominam de 'igreja'. Gostaria, portanto, de sugerir alguns artigos meus com respeito ao que considero um 'mito' muito bem resguardado pelos guardiões da conveniência (desculpem-me a ironia!), contudo, sem respaldo bíblico, a saber, o suposto 'dízimo cristão'.  Iniciei há algum tempo uma série de estudos sobre o tema e já tenho alguns artigos publicados em meu blog. São curtos, porém objetivos, sem divagações e especulações. Sou assinante do portal do CACP e já tenho adquirido diversos dos excelentes materiais publicados pelo Centro. Ademais, tendo em vista os constantes artigos publicados pelo site tanto de autores arminianos quanto calvinistas, creio na imparcialidade da instituição quanto a estes temas. Contudo, quanto à questão do dizimo este parece ser um assunto 'tabu' para os responsáveis pela página, cuja parcialidade, porém, ao que me parece, como já disse, é indiscutível. Espero estar engando! Por falar em calvinismo, eu e meus colaboradores, estamos em processo de revisão da obra What Love Is This, de Dave Hunt, já totalmente traduzida. Cheguei a sugerir ao CACP sua publicação, caso haja interesse, mas até mesmo o comentário em que mencionei o assunto há alguns dias não foi publicado e nenhuma manifestação houve até momento quanto a isso. Bem, de qualquer forma aguardo o contato dos administradores do portal para ver a viabilidade ou não de publicar os artigos mencionados sobre o mito do 'dízimo cristão' diretamente no site para apreciação dos leitores, afinal, cada autor é responsável pelo que escreve, não é mesmo?

CACP Responde Para
[Jun, 9, em 8:57 PM]

Amado Darivan.

Procura fazer, então, um estudo bem detalhado dos capítulos 7 e 8 do livro aos Hebreus.

Se você procurar com atenção, vais descobrir que eles falam quase que na totalidade do dízimo. Se você atentasse para as palavras de Cristo, Ele mesmo determinou que o dízimo continuasse sendo dado (Mat 23.23).

De qualquer forma, o que sempre nós buscamos, cada vez mais, é luz sobre a Palavra, para que tenhamos aquilo que com segurança venha do Senhor.

Abraços.

Para CACP Responde
<darivancastro@yahoo.com.br> escreveu:
[Jun 9 em 9:29 PM]

Primeiramente, gostaria de saber com quem estou falando. Por favor se identifique da próxima vez! Caro amigo e irmão, nenhum "estudo detalhado" e honesto de Hebreus 7 e 8 jamais nos levará a concluir que seu autor (a meu ver, Paulo) esteja ensinando a igreja a "dizimar". Nenhum comentarista sério e idôneo sustentaria tal ideia. Portanto, com respeito a isso, seu posicionamento (desculpe-me a sinceridade) lembra-me a atitude dos adventistas quanto à lei, conquanto enxergam o decálogo em todas as passagens que se referem à lei quando isto lhes parece conveniente. O mesmo parece se aplicar aqui. Os defensores da suposta obrigatoriedade do dízimo Cristão, além de fazer o uso indevido das "migalhas" sobre o assunto encontradas no Novo Testamento, parecem enxergar tal prática já caduca até mesmo em passagens que não tratam do tema, em especial aquelas que falam clara e especificamente de contribuições para amparar, é claro, não apenas aqueles que trabalham em prol do evangelho mais também os mais necessitados dentre os irmãos. Contudo, querido irmão "desconhecido", nunca ouve imposição aos crentes primitivos quanto à obrigatoriedade de "dizimar" em suas igrejas locais. Quanto à sua esdrúxula e muito conveniente exegese de Mateus 23:23 alegando que Cristo "determinou que o dízimo continuasse sendo dado", lembre-se que não podemos fugir ao contexto em que tal recomendação está inserida. Como estou sem tempo para continuar, vou apenas citar abaixo um pequeno trecho de um artigo que escrevi sobre o assunto. Avalie os argumentos, por favor.

Todo o capítulo 23 de Mateus deixa inequivocamente claro que o Senhor está se dirigindo aos judeus que ainda estavam e assim deveriam permanecer sob as obrigações da lei. Aliás, sendo Ele próprio judeu e, portanto, ainda sob a dispensação da lei, que mais deveria ele dizer aos escribas e fariseus aos quais se dirigia? Poderia ele dizer: ‘devíeis, porém, fazer estas coisas, e podem omitir aquelas!’? Ademais, nem tudo o que Cristo diz nos evangelhos, Ele o dirige à igreja. Estaria Ele, por exemplo, ao chorar sobre Jerusalém (Mateus 23:37) se dirigindo também à igreja? Certamente que não! Contudo, a insistência em lançar mão desta passagem (Mateus 23:23) para defender o dízimo como “mandamento irrevogável” para a igreja é, no mínimo, uma atitude desonesta e flagrantemente conveniente."

Na Paz de Cristo, e lamentando a conveniente parcialidade do CACP,

D. S. Castro.

Para CACP Responde
<darivancastro@yahoo.com.br> escreveu:
[Jun, 9, em 9:45 PM]

Lhe recomendo os artigos que escrevi sobre o assunto e que são parte de um estudo pessoal que iniciei sobre o tema. Os links estão abaixo, pois ao que me parece, por conveniência, o CACP não os quis publicar no comentário que fiz em um artigo de Natanael Rinaldi, um indiscutível apologista cristão e genuíno servo do Senhor por quem tenho muito apreço, mas que peca de modo "gritante" em sua interpretação das passagens acima mencionadas. Lamentável! Aliás já redigi uma resposta demonstrando um sério problema em seu comentário com respeito a Hebreus 7:1-8 no artigo sobre a CCB, que apesar de uma seita, ao menos com respeito ao dízimo não estão errados!

http://www.apologeticacristahoje.blogspot.com.br/2014/06/desmistificando-o-dizimo-segunda-parte.html
http://apologeticacristahoje.blogspot.com.br/2013/08/ensaio-questao-do-dizimo.html

Em Cristo,

Darivan Castro.

CACP Responde Para
[Jun, 10, em 10:32 PM]

A resposta é da equipe do CACP. Se você não aceitar a doutrina do dízimo ou aceitar não muda o que nós do CACP entendemos.

Entendemos que, sim, Hebreus fala do dízimo. E já que o senhor fala que qualquer pessoa séria não aceitaria, o fato é que 95% dos sérios são dizimistas. Algo deve estar errado em sua linha de pensamento.

Olhe o verso 8 de Heb 7:8  “E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive”

Este aqui tá falando de Abraão dando dízimo. Depois, o autor está falando do Sumo Sacerdote. Se Aquele de quem se testifica toma o dízimo, logo isso está incluído na Nova Aliança. De qualquer forma, fica bem claro que a visão do CACP é essa.

Fique na paz.

Equipe CACP.

Para CACP Responde
<darivancastro@yahoo.com.br> escreveu:
[Jun 11 em 10:04 AM]

À equipe do CACP. A Paz de Cristo.

Primeiramente, permita-me esclarecer-lhes que só os que se atém à conveniência chamam o “dízimo cristão” de doutrina. É bem verdade que o mesmo foi uma das doutrinas da Antiga Aliança, porém jamais da Nova. Em segundo lugar, uma vez mais reforço meu pesar pela flagrante e conveniente parcialidade do CACP, que sempre pensei estar preocupado em fazer uma apologética séria em busca, de fato, de TODA a verdade acerca das Escrituras no que compete a qualquer assunto. Em terceiro lugar, desde quando o fato de a maioria dos “sérios” dizimar indica que o mesmo esteja biblicamente embasado como obrigatório à igreja? Nem sempre a maioria está certa, queridos! Esta não é uma regra válida para sustentar coisa alguma! Tal expediente, meus caros irmãos, assim como sua estatística, são altamente questionáveis! Qual base para tal cálculo? Seriam 99% dos “sérios” seguidores do CACP? Se for assim, minha representatividade aqui equivaleria a 1%, estou certo? E isto, é claro, ao que parece, lhes dá total autoridade para questionar “minha linha de pensamento”, não é mesmo?

Quanto ao verso 8 de Hebreus 7: “E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive”, ele está relacionado antes ao verso 5: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão" (Hebreus 7:5), isto é, aos sacerdotes levitas, que PELA LEI tinham ordem de tomar o dízimo do povo israelita. A segunda parte do verso oito deixa claro o contraste entre o sacerdócio daqueles que estavam ainda “nos lombos de Abraão” (os levitas) (v. 5) e o sacerdócio de Melquisedeque “de quem se testifica que vive”, NADA MAIS!

Não quero tomá-los por ignorantes, irmãos, mais ao citar o verso 8 de Hebreus, “E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem”, teriam os senhores a audácia de afirmar que a expressão em destaque (“E aqui”) está se referindo à uma suposta igreja hebreia, a quem o escritor se dirige? Ademais, teriam os senhores a coragem de dizer que tal igreja praticava o dízimo, fundamentando-se nesta expressão? Ah, claro! Isso é o que os senhores afirmam! Desculpem-me minha desatenção! Contudo, se é assim, devemos então concluir que quando o escritor escreveu a carta aos Hebreus (a todo o povo hebreu de um modo geral!) (Paulo, a meu ver) esta suposta “igreja” ainda encontrava-se sob a lei e, portanto, cumprindo rigorosamente o mandamento de entregar os dízimos aos sacerdotes levitas no Templo. Ou eles agora os entregavam aos seus presbíteros, anciãos ou “pastores” que supostamente haviam “substituído” os sacerdotes levitas? A conveniência muitas vezes torna os homens verdadeiros tolos!

Finalizo, indagando aos senhores que compõem à equipe do CACP, que certamente não redigiu esta mensagem a mim enviada em conjunto, contudo, como diz o velho jargão, “uma mão lava a outra”, se tiveram ao menos a coragem de ler os artigos cujos links indiquei? Se não, aproveito para deixar claro, que não sou contra as contribuições e ofertas para a manutenção da obra do Senhor. Contudo, não me utilizo de “malabarismos” textuais para sustentar o que já “caducou” com a lei, que claramente fazia uma distinção entre o dízimo, as ofertas votivas (votos) e as ofertas voluntárias (Deuteronômio 12:6; Deuteronômio 12:17). Embora as duas últimas estejam claramente afirmadas e validadas no Novo Testamento na forma de contribuições e ofertas voluntárias, o dízimo, que sempre foi obrigatório segundo a lei, não se coaduna com a Nova Aliança.

Se tiverem coragem e “estômago” para encarar a verdade, leiam também minha resposta ao artigo de “Por que estão exorcizando o Dízimo?”, de Ciro Sanches, que em breve estarei publicando em meu blog, artigo este (de Ciro) que, por sinal, também foi publicado tempos atrás no portal do CACP. Por que será? Será porque? (Desculpem-me o tom sarcástico!) Fiquem à vontade para respondê-lo também, contudo, procurem embasar suas argumentações única e exclusivamente nas Escrituras e sem distorcer passagens ou fazer uso de textos que nada têm a ver com a questão!

Em Cristo, e uma vez mais lamentando a conveniente parcialidade do CACP,

D. S. Castro.

Para CACP Responde
<darivancastro@yahoo.com.br> escreveu:
[Jun 15 em 2:25 PM]

Prezada equipe de Diretores do CACP, A Paz de Cristo!

Peço que leiam até o final!

É com lamento que venho informar-lhes sobre minha decisão de trazer a público em meus blogs e em minha rede social (Facebook) as mensagens trocadas entre mim e esta instituição, pois creio ter o direito legal de fazê-lo, tendo em vista tratar-se apenas de discussões de teor ideológico. Contudo, não o faço com o fim de desqualifica-los no que se refere ao excelente trabalho que o CACP vem desenvolvendo na defesa da sã doutrina contra os ataques heréticos advindos dos mais variados grupos sectários às claras doutrinas do cristianismo, e muito menos com o propósito de denegrir a imagem de qualquer membro de sua equipe, pelos quais, em muitos aspectos, tenho sincero respeito pelo empenho em nos prover excelente material para esclarecimento da igreja acerca de diversas questões doutrinárias de vital importância ao corpo de Cristo. Saibam que os considero como irmãos em Cristo. E é neste espírito de exortação para os que são da fé (1 Tessalonicenses 5:11) que vejo – como creio já haver deixado bem claro – uma incongruência desmedida a parcialidade de uma instituição que se tem mostrado sempre disposta a confrontar aqueles que deturpam a verdade do evangelho por meio de interpretações convenientemente elaboradas a partir das Escrituras para sustentar pontos de vista antibíblicos (refiro-me às seitas), mas que, ao que parece, não têm coragem suficiente para debater abertamente a questão do dízimo como obrigatório para a igreja, segundo afirma a diretoria da instituição. Seria por que lhe faltam argumentos sólidos? Ou seria por que nenhum dos 95% dos “sérios e idôneos comentaristas”, conquanto sejam dizimistas (o que muito duvido!), não têm tido a coragem de sustentar exegeticamente por meio de publicação oficial tal preceito como obrigatório para a igreja à luz de Mateus 23:23 e Hebreus 7:1-8? Os senhores seriam capazes de me apresentar algum comentário oficial, imparcial e irrefutável destas passagens onde seu autor abone tal ensino com palavras objetivas, capaz de convencer até o mais sóbrio dos homens? Seria isto realmente possível? Sinceramente, não creio! De fato, é flagrante a qualquer um, por mais ignorante que seja o tal, a conveniência por trás da postura de tão prestigiada organização no que tange a tratar com imparcialidade de tão importante tema que não pode ser simplesmente relegado a uma suposta questão de “consciência para com Deus” ou de preferência pessoal com base em fundamentos tão frágeis quanto a areia – como se a Bíblia não nos deixa-se tão claro e inequívoco o fato de a igreja não estar mais debaixo de qualquer preceito da lei mosaica. Lamentavelmente, tal atitude parcial e conveniente do CACP com respeito ao “dízimo cristão” indica que o mesmo, ao que parece, é seu “calcanhar de Aquiles”!

Diante do exposto, peço que não tomem minha atitude como uma afronta, mas sim como um lamento por tudo o que já mencionei! Deixo-vos à vontade para provar-me com argumentos sólidos e irrefutáveis que “há algo de errado com minha maneira de pensar sobre a questão”. Terei o maior prazer, não apenas em ser “mais esclarecido” sobre o assunto (à luz da Bíblia, é claro, e também da história!) por homens doutos e grandes apologistas da fé cristã – conquanto acerca do tema em questão não me parecem tão “doutos” assim – como também em publicar tais esclarecimentos se julgá-los verdadeiramente convincentes! Estejam certos de que estou aberto a discussões sadias sobre o assunto, visando unicamente nosso crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. (2 Pedro 3:18).

E já que mencionei fatos históricos sobre o assunto, lhes recomendo ler o último artigo que escrevi sobre o tema, publicado em meu blog e também em minha página no UBEblogs. Os links são:

http://www.ubeblogs.com.br/profiles/blogs/a-quest-o-do-d-zimo-crist-o-a-hist-ria-que-n-o-lhe-contaram?xg_source=activity

Há também outros materiais, bastante esclarecedores sobre o assunto, dentre eles um livro que estou traduzindo de Russel Earl Kelly, intitulado “Should the Church Teach Tithing? A Theologian's Conclusions about a Taboo Doctrine” [Deveria a Igreja Ensinar o Dízimo? - As Conclusões de um Teólogo Sobre uma Doutrina Tabu], e um pequeno livro de produção independente, publicado em 2006, por Venefredo Barbosa Vilar, sob o título “DÍZIMO – O Engano Cavalgando a Verdade”. Deste último, lhes envio em anexo uma cópia em PDF.

Por um cristianismo autêntico,

D. S. Castro.

CACP Responde Para
[Jun 15 em 3:43 PM]

Amado DARIVAN,

Você é livre para fazer como desejar. Que Deus o use, então, para trazer luz à igreja sobre o que você acredita ser a questão dizimal. Não venha, por favor, transformar isso em briga ou discussões que não nos levarão a lugar algum.

Fica na paz do Senhor Jesus.

Equipe CACP

Para CACP Responde
<darivancastro@yahoo.com.br> escreveu:

[Jun 15 em 8:59 PM]

A Paz de Cristo! Grato pela rápida resposta!

Como creio haver deixado claro ao final da mensagem, estejam certos “de que estou aberto a discussões sadias sobre o assunto, visando unicamente nosso crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”. (2 Pedro 3:18). Meu objetivo, portanto, é trazer esclarecimantos sobre a questão à grande parcela do povo de Deus que, lamentavelmente, tem sido, por séculos, vítima dos abusos cometidos em nome deste “caduco” preceito.

Mas ao que me parece não leram até o final o que redigi! Ou talvez lhes tenha passado isto desapercebido! Lamento muito por isso mas, em Cristo, os perdoo por esse lapso de desatenção!

Fiquem na Paz,

D. S. Castro.

Nenhuma resposta mais do CACP!

sábado, 14 de junho de 2014

A Questão do “Dízimo Cristão” – A história que não lhe contaram!

O Dízimo na História da Igreja
 
1. O Testemunho dos Primeiros Pais
 
Apesar da conveniente insistência dos fervorosos defensores do “dízimo Cristão” no que compete ao uso indevido das raras passagens do Novo Testamento que mencionam o assunto do dízimo – diga-se de passagem, segundo a lei – para alegar que a igreja neotestamentária praticava tal preceito que, segundo já vimos, pertencia exclusivamente ao Antigo Pacto, embora o ato voluntário de oferecer aos deuses a décima parte de algum bem próprio, em geral como retribuição por algum favor recebido ou mesmo em troca de bênçãos de prosperidade em seus negócios fosse uma prática comum entre diversos povos da antiguidade[1], na história do cristianismo, deste os tempos apostólicos até épocas bem posteriores à institucionalização da “igreja” (entre aspas) com sua sujeição ao governo de Roma a partir da suposta “conversão” de Constantino, imperador romano que por volta do século IV, sob tal pretexto, conseguiu unificar seu império e quase pôr um fim às perseguições contra os cristãos, por meio de seu “edito de Tolerância”, promulgado em 311 A.D – evidentemente, somente contra aqueles que se sujeitaram à Sua autoridade imperial – nada é mencionado pelos pais apostólicos anteriores ao quarto século acerca do dízimo como uma prática corrente entre as comunidades cristãs primitivas, às quais sempre creram que tal preceito já não mais encontrava lugar na Nova Aliança, por haver o Antigo Pacto sido abolido por Cristo na cruz, o que está de pleno acordo com o que nos é verdadeiramente revelado no Novo Testamento (tanto nos evangelhos quanto nas cartas apostólicas).
 
De modo unânime, os pais da igreja primitiva que viveram antes do quarto século e que chegaram a mencionar algo sobre a questão das contribuições no âmbito das comunidades cristãs de suas respectivas épocas, sempre se referiam a ofertas e doações voluntárias, e jamais proferiram qualquer palavra que nos leve a concluir que os crentes de então praticavam o “caduco” preceito mosaico do dízimo. Alguns deles chegaram até mesmo a ser incisivos quanto a não validade de tal preceito entre os cristãos. Veja, por exemplo, o que diz Irineu, considerado um dos primeiros pais da igreja primitiva, que se opunha veementemente à prática do dízimo, por considera-la legalista:
 
“Por isso o Senhor… em vez de simplesmente pagar o dízimo, ordenou repartir os bens entre os pobres; e não unicamente estar dispostos a dar e compartilhar, senão também a dar generosamente aqueles que nos tomam os nossos bens: “Se alguém te tira a túnica, dá-lhe também o manto” [Irineu (180 A.D.)][2]
“Mas eles (os falsos mestres), e a meu juízo com toda razão, não querem ensinar abertamente a todos, senão só a quem podem pagar bem por tais mistérios. Pois isto não se parece ao que disse o Senhor: ‘Dê de graça o que de graça recebestes’.” [Irineu (180 A.D.)][3]
 
Na citação abaixo, ele (Irineu) é ainda mais incisivo quanto à questão:
 
“A lei não exigirá os dizimos de quem consagrou todos seus bens a Deus e deixou pai, mãe e toda sua família para seguir ao Verbo de Deus.” [Irineu (180 A.D.)][4]
 
Outros pais, como Tertuliano, Orígenes e Justino Mártir, sempre se manifestaram com respeito às contribuições e ofertas na igreja primitiva como algo espontâneo e voluntário, porém, jamais fizeram menção ao preceito do dízimo entre os cristãos de seu tempo:
 
“Temos uma espécie de caixa, seus rendimentos não provem de quotas fixas, como se com isso se pusesse um preço à religião, senão que cada um, se quer ou se pode, contribui uma pequena quantidade o dia assinalado de cada mês, ou quando quiser. Nisto não há compulsão alguma, senão que as contribuições são voluntárias, e constituem como um fundo de caridade. Efetivamente, não se gasta em banquetes, ou bebidas, ou festas chabacanos, senão em alimentar ou enterrar aos pobres, ou ajudar aos meninos e meninas que perderam a seus pais e seus bens, ou aos anciãos confinados em suas casas, aos náufragos, ou aos que trabalham nas minas, ou estão desterrados nas ilhas ou prisões ou nos cárceres.” [Tertuliano (197 A.D.)][5]
 
“Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre vontade, dão o que bem lhes parece, e o que foi recolhido se entrega ao presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por necessidade ou outra causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de passagem, numa palavra, ele se torna o provedor de todos os que se encontram em necessidade.” [Justino Mártir (100 a 165 A.D.)][6]
 
“Os cristãos não perdem possibilidade alguma de semear o evangelho em todas as partes da terra. Alguns se afanaram por percorrer não só as cidades, mas também os povos e aldeias para converter os demais ao culto de Deus. Ninguém dirá que fizeram isso com intuito de enriquecer, já que muitas vezes nem sequer aceitavam o necessário para seu alimento; e se alguma vez se viam forçados a isso por causa da grande necessidade, contentavam-se com o indispensável, por mais que muitos quisessem compartilhar com eles e entregar-lhes mais do que o necessário.” [Orígenes (225 A.D.)]
 
Hermas também se pronunciou sobre a questão do sustento dos cristãos de sua época, falando de líderes que faziam mal uso das contribuições, conquanto jamais menciona a questão do dízimo:
 
“Os que têm as manchas são Diáconos que exerceram mal seu ofício, e saquearam a substância de viúvas e órfãos, e fizeram ganho para si com as administrações que tinham recebido para executar. Estes, pois, se permanecem no mesmo mau desejo, são mortos e não há esperança de vida para eles”. [Hermas [(150 A.D.)][7]
 
Hermas diz ainda mais:
 
“Agora bem, pode um Espírito divino receber dinheiro e profetizar? Não é possível que um profeta de Deus faça isto”. [Hermas [(150 A.D.)][8]
 
O Didaquê, um documento dos séculos I e II, e que, segundo a tradição, contêm uma série de normas cristãs instituídas pelos próprios apóstolos, apesar de não ter o mesmo peso de inspiração dado às Escrituras, também lança luz sobre a questão das contribuições e ofertas voluntárias entre os cristãos primitivos, mas nada menciona sobre o dízimo:
 
“Tome uma parte do seu dinheiro, da sua roupa e de todas as suas posses, segundo lhe parecer oportuno, e os dê conforme o preceito.” [Didaquê, 13.7 (80-140 A.D.)]
 
Alguns defensores do “dízimo cristão” chegam a afirmar que a expressão em destaque, “conforme o preceito”, refere-se ao dízimo e afirmam que esta é uma prova de que a igreja primitiva praticava este “preceito”. Contudo, a própria citação, destrói este argumento, visto que a recomendação dada aqui a cada cristão é que tomasse parte de seu dinheiro, roupas e de todas as suas posses “segundo lhe parecer oportuno”, indicando claramente um ato voluntário e não obrigatório e sistemático. Além disso, em outro trecho este importante documento da igreja primitiva lança por terra o falacioso argumento dos defensores do “dízimo cristão”:
 
“Recebam em nome do Senhor aos Apóstolos que lhes visitarem… Ao sair o Apostolo, devem prover-lhe de pão para que possa ir à cidade onde se dirija: se pede dinheiro, é um falso profeta. Se alguém disser sob inspiração: ‘Dê-me dinheiro’ ou qualquer outra coisa, não o escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue.” [Didaquê, 11.4, 6, 12 (80-140 A.D.)] 

Ainda com respeito à expressão “conforme o preceito”, nos parece mais plausível crer que tal recomendação refira-se às instruções de Paulo à igreja em corinto conforme registrado em 1 Coríntios 16:2: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar”. É notável a semelhança entre os textos. Além disso, o que corrobora essa interpretação é o fato de que o Didaquê é também chamado de “Instrução dos Doze Apóstolos”. Seria isso uma mera coincidência? Não creio! Afinal, nem Paulo e nenhum dos demais apóstolos ensinaram a igreja a “dizimar”.
 
É notável também o fato de que a referida citação do Didaquê, bem como a maioria das citações acima, em especial algumas das declarações de Irineu, Tertuliano e Justino Mártir, nos lembram o que Lucas relata no livro dos Atos dos Apóstolos. Veja:
 
“Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.” (Atos 4:34-35) 

Onde encontramos qualquer menção a um suposto “dízimo cristão” aqui? Contudo, os defensores do dízimo como obrigatório para os cristãos, persistem em citar passagens fora de seus contextos, interpretando-as de modo conveniente, para afirmar que o dízimo entre os cristãos primitivos era uma ordenança do próprio Senhor Jesus e que o escritor aos Hebreus supostamente corrobora isso! Estariam, então, os primeiros pais primitivos descumprindo uma ordenança dada pelo próprio Senhor? Isto é uma afronta à consciência dos que já foram em suas mentes e corações libertos deste legalismo judaico e àqueles que desde séculos jamais se submeteram a tal preceito, conquanto sempre estivessem dispostos a cumprir com o que em Tiago 1:27 é requerido de todo o verdadeiro discípulo de Cristo em todas as épocas e lugares: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”, pois como o próprio apóstolo diz esta é a “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai” (Isto, porém, é uma outra história. Uma história esquecida e ainda hoje por muitos ignorada!). Esclarecimentos sobre as passagens do Novo Testamento comumente utilizadas pelos “guardiões do dízimo cristão”, já foram dados em outros artigos. Consulte-os, por favor!.
Diante do exposto, fica inequivocamente claro que a maioria esmagadora dos pais da igreja que se manifestaram sobre a forma como os cristãos primitivos deveriam tratar as questões de contribuições e ofertas em suas comunidades, jamais abonaram a ideia de um suposto “dízimo cristão” por eles praticado. Com isso, vemos que a tentativa dos defensores deste preceito como válido e obrigatório para igreja em provar que desde os tempos primitivos ele era praticado pelos cristãos, não encontra respaldo nem no Novo Testamento e muito menos nos escritos patrísticos dos primeiros séculos da igreja. Para ser mais exato, pelo menos nos quatro primeiros séculos da era cristã, nenhuma menção é feita à questão do dízimo em nenhum escrito dos pais da igreja como a abonar tal prática entre os cristãos de suas respectivas épocas, o que nos leva a concluir que os cristãos deste período, como já dito antes, o entendiam (o dízimo) como um preceito pertencente à lei mosaica e com ela definitivamente abolido.
Aqui é necessário salientar um fato de extrema importância para que não restem dúvidas quanto a questão em foco e para que sejamos honestos com você leitor. Os defensores do dízimo como obrigatório para o cristão costumam citar por pura conveniência os tão aclamados “pais da igreja”, Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, todos do quarto século (é bom que fique claro!), para afirmar que eles apoiavam a prática do dízimo como obrigatório para o cristão, conquanto evitem mencionar o fato de que no período em que viveram a institucionalização da igreja, promovida por Constantino, já era uma realidade, e nenhum deles se opôs a isso, pelo contrário, apoiaram a ilícita união entre a “igreja” e o império, o que, de fato, deu origem ao cristianismo católico-romano. É nos dito, por exemplo, que o “Bispo Graciano [Imperador de Roma] inseriu no decreto aos fiéis uma lista de bens sujeitos ao dízimo, redigida por Cesário de Arles e atribuída por ele a Santo Agostinho. O dízimo era devido por todos os participantes da igreja, até mesmo pelo rei [imperador] e pela aristocracia”[9] (Aqui vemos apenas o embrião do que viria a ser, séculos mais tarde, uma imposição estendida a todo o império católico-romano). Diante de tais fatos, não é possível fechar os olhos para os reais interesses por traz do apoio de Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho a essa prática como legalmente obrigatória – e vale a pena ressaltar – para os fiéis católicos. Um fato curioso, porém bastante inconveniente aos defensores do dízimo, é que apesar de apoiarem tal prática para os fiéis, Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho chegaram até mesmo a fazer votos de extrema pobreza, aderindo inclusive ao monasticismo[10]. Não gostariam os senhores defensores do “caduco” preceito mosaico do dízimo, de seguir o exemplo destes tão enaltecidos “pais primitivos” (repito: do quarto século)? E quanto a você, querido irmão evangélico que crê na obrigatoriedade do dízimo para o cristão, pergunto-lhe honestamente: Prefere você dar ouvidos aos inúmeros pais primitivos que do primeiro ao quarto século jamais aceitaram este preceito como pertencente à Nova Aliança, ou se deixará envolver pela flagrante conveniência daqueles que estavam envolvidos até o pescoço com o lamaçal em que Roma lançou o cristianismo, conduzindo-o séculos mais tarde a uma era de trevas e obscuridade? A resposta é sua!

2. O Sínodo de Tours e o Concílio de Macon – As primeiras menções oficiais a um “dízimo cristão” obrigatório
De acordo com que temos exposto até aqui fica claro que os diversos pais da igreja primitiva que trataram das questões de manutenção e subsistência de suas comunidades eclesiásticas, seguindo os claros ensinos dos apóstolos, jamais fizeram qualquer menção sobre a validade do dízimo para o cristão, por compreenderem que tal preceito era incompatível com os princípios da Nova Aliança. No entanto, a límpida visão da igreja quanto à natureza legalista do dízimo, tal qual um preceito da lei mosaica, totalmente abolida por Cristo na cruz, e de modo irrevogável, perdurou por apenas seis séculos. Infelizmente, com a institucionalização da “igreja” (entre aspas) por Constantino no quarto século, conforme já mencionamos, os rumos que o cristianismo tomaria começaram a ser traçados conduzindo-nos ao que aproximadamente dois séculos mais tarde passaria ser conhecida por toda a Europa como igreja católica estatal. Neste período, a “igreja”, sob o aval dos governos civis, e com o claro propósito de enriquecer, resolve, fundamentando-se no velho sistema mosaico referente à manutenção do sacerdócio levítico, estabelecer a obrigatoriedade do dízimo para seus fiéis. O primeiro passo dado neste sentido ocorreu em 567, com a convocação do Sínodo de Tours, realizado na Gália, onde o seguinte édito foi promulgado:
 
“Instantemente exortamos os fiéis a que, seguindo o exemplo de Abraão, não hesitem em dar a Deus a décima parte de tudo aquilo que possuam, a fim de que não venha a cair na miséria aquele que, por ganância, se recuse a dar pequenas oferendas... Por conseguinte, se alguém quer chegar ao seio de Abraão, não contradiga o exemplo do Patriarca, e ofereça a sua esmola, preparando-se para reinar com Cristo.[11]

A mesma fonte de onde colhemos esta citação informa também: “Esta é a primeira recomendação de dízimo feita pelos bispos, já não como pregadores ou doutores, mas como legisladores. Contudo, note-se que não impuseram sanção aos transgressores. A justificativa apresentada pelo referido Concílio de Tours em favor dos dízimos, era a necessidade de expiar os pecados da população, sobre a qual pesavam guerras e calamidades.”[12]
 
É impossível sob um olhar mais atento deixar de notar a estreita relação entre tal relato e a tão amplamente difundida venda de indulgências praticada pela igreja católica por séculos e que finalmente culminou com a ruptura de Lutero e a Reforma Protestante, em 1517. Quem poderia imaginar que seis séculos após a fundação da igreja primitiva registrada em Atos 2, o dízimo, tão relutantemente combatido por Irineu e simplesmente ignorado por vários outros pais da igreja, que nada mencionaram sobre sua obrigatoriedade para o cristão, ressurgiria com o mesmo propósito escuso supostamente por trás das indulgências de Roma, a saber, “expiar os pecados dos cristãos”? E então, meu querido irmão “dizimista fiel”, creio que esta parte da história não lhe foi contada, não é mesmo?
 
Bem, voltando aos fatos históricos, o próximo passo rumo ao estabelecimento do dízimo cristão obrigatório foi dado no Concílio de Macon, realizado também na região da Gália (França), em 585. Sobre este evento os “Excertos transcritos do Documento 8 – Estudos da CNBB”[13] nos dizem o seguinte: “Mais um passo foi dado... quando os padres conciliares houveram por bem impor a excomunhão a quem se furtasse a pagar sua contribuição à comunidade eclesial. O dever moral torna-se também obrigação jurídica”, e acrescenta: “A legislação das diversas províncias eclesiásticas nos séculos subsequentes repetiu várias vezes a determinação do Concílio de Macon[14].
 
Encerro este pequeno artigo citando um trecho de um ensaio da obra “Should the Church Teach Tithing? - A Theologian's Conclusions about a Taboo Doctrine” (Deveria a Igreja Ensinar o Dízimo? - As Conclusões de um Teólogo Sobre uma Doutrina Tabu], de Russell Earl Kelly, cuja tradução já iniciamos, porém, o excerto do referido ensaio foi colhido da internet e o original pode ser encontrado no seguinte endereço:
“Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve [concorda] que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macon, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor o dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.
 
Tal qual, amigo, é a história do dízimo segundo a Enciclopédia Britânica, a Enciclopédia Americana e a Enciclopédia Católica Romana para que todos a leiam. Estes fatos históricos devem servir como prova para qualquer pessoa. 

Os relatos aqui apresentados deixam, portanto, claro, que aquilo que muitas igrejas protestantes e evangélicas têm apresentado como um mandatário legal e obrigatório para todo cristão não encontra apoio bíblico ou histórico, e mesmo historicamente, não antes do quarto século. Por outro lado, considerando o ressurgimento nebuloso de tal prática com suas primeiras insinuações a partir do século IV advindas de uma igreja já corrompida pelo poder secular dos césares romanos, não podemos admitir, como diz Earl Kelly, que seu estabelecimento oficial como doutrina católico-romana, tenha ocorrido antes do século oito, com o aval de Carlos Magno. Assim, mesmo após a reforma protestante, que de fato, guardadas as devidas proporções, “herdou de bandeja”, dentre as muitas heresias e distorções doutrinárias, mais este peculiar e muito conveniente dogma católico-romano, os abusos perpetrados por este preceito legalista continuam até hoje no seio da cristandade, e os prejuízos à causa do evangelho e à autêntica piedade cristã em total liberdade de consciência para com Deus têm sido muito mais numerosos do que os “supostos ganhos”.
 
Até a próxima!
 
Por um Cristianismo autêntico,
 
D. S. Castro.
 


[1] R. N. Champlin em sua Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia nos diz: “Através das antigas alusões literárias, sabemos que o dízimo existia em muitas culturas antigas, sob uma forma ou outra. O trecho de Gênesis 14:17-20 nos informa SOBRE O COSTUME. Antes da lei mosaica sabemos que a prática existia entre os gregos, os romanos, os cartagineses e os árabes. Ver I Macabeus 11:35; Heród. 1:89, 4:152: 5:77; Diod. Sic. 5:42; 11:33; 20:44; Cícero, Verr. 2,3,6,7; Xenofonte, Anáb. 5:3, parte 9. Nessas culturas, o dízimo fazia parte da piedade religiosa [PORÉM NÃO ERA ALGO REQUERIDO PELOS DEUSES]” (Pág. 201, II. Dízimo – destaques meus)
[2] Contra as Heresias - Livro IV, 13.3, Ireneu, Bispo de Lião (115-202)
[3] Contra as Heresias - Livro I, Ireneu, Bispo de Lião (115-202)
[4] Demonstração da Pregação Apostólica, Ireneu, Bispo de Lião (115-202)
Tradução de Lourenço Costa
[5] Apologia, Tertuliano, c. de 197 EC.
[6] Apologia I
[7] O Pastor de Hermas (Século II)
[8] Idem.
[9] Artigo “O DÍZIMO NA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA” (http://www.santovivo.net/gpage143.aspx)
[10] Monasticismo (do grego monachos, uma pessoa solitária) é a prática da abdicação dos objetivos comuns dos homens em prol da prática religiosa. Várias religiões têm elementos monásticos, embora usando expressões diferentes: budismo, cristianismo, hinduísmo, e islamismo. Assim, os indivíduos que praticam o monasticismo são classificados como monges (no caso dos homens) e monjas (no caso das mulheres). Ambos podem ser referidos como monásticos e, por norma, vivem na chamada clausura monástica [Fonte: Wikipédia]
[11] Excertos transcritos do Documento 8 – Estudos da CNBB (http://luiztarciso.net/dizimo/dizhist.html/)
[12] Excertos transcritos do Documento 8 – Estudos da CNBB (http://luiztarciso.net/dizimo/dizhist.html/)
[14] Excertos transcritos do Documento 8 – Estudos da CNBB (http://luiztarciso.net/dizimo/dizhist.html/)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

“Por que estão exorcizando o dízimo?” (Minha resposta a Ciro Sanchez)

(Comentário por mim redigido em resposta a artigo postado por Ciro Sanchez, Pastor Assembleiano, em seu blog, em defesa do suposto “Dízimo Cristão”).

C. Sanchez: A prática do dízimo sempre foi comum na Igreja Presbiteriana, na Igreja Batista, na Assembleia de Deus e em outras igrejas tradicionais. Mas há, na atualidade, um equivocado movimento extremista que insere o dízimo no mesmo bojo das falaciosas doutrinas da Teologia da Prosperidade.

Comentário (D. Castro): Primeiramente, caríssimo irmão Ciro Sanchez, é bem verdade que como vossa graça diz “a prática do dízimo sempre foi comum na Igreja Presbiteriana, na Igreja Batista, na Assembleia de Deus e em outras igrejas tradicionais”. No entanto, apesar da conveniente insistência daqueles que defendem a validade de tal prática como obrigatória para igreja, nenhuma das passagens do Novo Testamento evocadas pelos “guardiões” do “dízimo cristão”, sequer insinua que a igreja primitiva de um modo geral, ou mesmo em particular, utilizava-se de tal prática “caduca” a exemplo das instituições e organizações eclesiásticas citadas por vossa senhoria. Não há como negar a conveniência por traz das argumentações falaciosas dos que insistem na obrigatoriedade do dízimo para igreja! Os que o defendem, em geral são:

·  “pastores” e “líderes cristãos” que dele “sobrevivem” (ou devo dizer, “enriquecem”) (Nem todos!);
·  “crentes” incautos e imaturos cujas mentes já há muito estão cativas pelo legalismo de tal prática “disfarçado” em um pseudo-reconhecimento de que tudo pertence a Deus, os quais em geral, são vítimas da imposição psicológica das “maldições” por vezes lançadas sobre os que não o praticam;
·  os “interesseiros de plantão”, que de olho nas supostas promessas de prosperidade advindas de tal prática, pois como afirmam os seus líderes, “Assim diz o Senhor, fazei prova de mim!”, não deixam de cumprir o suposto mandatário;
·  os que têm “rabo preso” com a instituição/organização a que pertencem e por isso se “contorcem em malabarismos” para defender o indefensável.

A flagrante desonestidade se vê ainda no fato de nestes meios não se fazer qualquer distinção entre o que é de fato o dízimo segundo a lei e o que são as ofertas e contribuições voluntárias, estas sim mencionadas no Novo Testamento para a manutenção daqueles que obram pela causa do Mestre, e não somente destes, mas também dos mais desafortunados da igreja, sem qualquer imposição ou extorsão psicológica quanto a atender aqueles que necessitam, pois estes (os verdadeiros crentes, genuinamente nascidos de novo) devem ser movidos e constrangidos por seus líderes a fazê-lo de modo espontâneo.

Todo “teologozinho de meia pataca” é sabedor que desde a antiga aliança sob a lei mosaica já havia sido claramente estabelecida uma nítida distinção entre o dízimo e as ofertas votivas e voluntárias (Deuteronômio 12:6; Deuteronômio 12:17). Portanto, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Sempre foi assim! À exceção do dízimo de Abraão e do voto de Jacó, que certamente foram voluntários – e nada têm a ver com o dízimo segundo a lei – o dízimo legal, sob a tutela da lei mosaica, sempre foi obrigatório e nunca voluntário. Todo israelita estava debaixo deste mandatário (Aliás, nem todos, e se vossa graça houvesse realmente feito um estudo honesto e imparcial das disposições legais do antigo pacto quanto à questão do dízimo, não se daria ao trabalho de escrever com “ares de sabedoria” do que de fato, ao que me parece, não conhece!). Tudo, portanto, hoje, nos meios em que se busca defender o dízimo como um “mandamento irrevogável” para o cristão, inclusive fazendo uso indevido de textos como Mateus 23:23 e Hebreus 7:1-8, por exemplo, para convenientemente afirmar que supostamente “a igreja primitiva praticava este preceito da lei mosaica”, gira em torno de inculcar na mente do “cristão” a ideia de que as contribuições e ofertas na nova aliança [e aí incluem também indevidamente “o dízimo”] são voluntários. Aliás, à semelhança dos adventistas que enxergam o decálogo em todos os textos que mencionam a lei, quando isto lhes convém, os defensores do “dízimo cristão”, além das “migalhas” que colhem no Novo Testamento sobre o dízimo, distorcendo-as, é claro, de modo flagrante, parecem enxergar o “dízimo” até mesmo onde ele não existe! Lamentável!

C. Sanchez: Não sou líder de igreja, a despeito de ser pastor. Não sou sustentado por dízimos dos fiéis. Ademais, a minha posição contrária à Teologia da Prosperidade já é bastante conhecida de quem costuma ler os meus textos. Não apoio as práticas que igrejas pseudocristãs e pseudopentecostais utilizam para literalmente arrancar o dinheiro dos fiéis. E, por todas essas razões, posso falar à vontade a respeito do dízimo.

Comentário (D. Castro): Em segundo lugar, caro irmão Ciro, também sou totalmente contra “as práticas que igrejas pseudocristãs e pseudopentecostais utilizam para literalmente arrancar o dinheiro dos fiéis”. Conquanto, seria a falta de honestidade em tratar seriamente do assunto do dízimo com a igreja sob as límpidas bases estabelecidas nas Sagradas Escrituras, “mitificando” esta prática como obrigação do crente, menos desonesto do que as práticas de estelionato dos pseudocristãs e pseudopentecostais? Não seria mais honesto os líderes de nossas “igrejas” estabelecerem em assembleia geral de que forma se darão as contribuições sem impor qualquer obrigatoriedade (e sem insinuações de maldição) sobre aqueles que certamente, de bom grado, e movidos pelo constrangimento em amparar a obra de Deus bem como os que dignamente cumprem o seu ministério o farão? Às vezes acho que somos “liderados” por verdadeiros “incrédulos” (quando não mercenários), pois se deixarem de pregar o dízimo não creem que Deus levantará um povo fiel para manter aqueles que obram dignamente pela causa do evangelho! Peço que leia Êxodo 36:5-6 e, responda a si mesmo, quantos “pastores” e líderes evangélicos hoje agiriam do mesmo modo que Moisés nesta ocasião? Pois ali vemos claramente um povo que de boa vontade Deus levantou para contribuir com a construção do tabernáculo!

C. Sanchez: Penso que devemos, sim, nos opor aos falsos evangelhos, contrários à salvação pela Graça (Gl 1.8; 2 Co 11.3,4), mas sem exagero. Afinal, a contribuição financeira espontânea para a obra do Senhor, inclusive com o dízimo, nunca foi considerada uma heresia nas igrejas. Por que agora seria ela pecaminosa e reprovável? Antes do surgimento da Teologia da Prosperidade, não havia tanto combate ao dízimo. Mas muita gente começou a atacá-lo, como se ele fosse também parte integrante do aludido desvio teológico, depois que aumentou, e muito, o mercantilismo da fé (2 Co 2.17).

Comentário (D. Castro): Sua graça afirma “Antes do surgimento da Teologia da Prosperidade, não havia tanto combate ao dízimo”. Bem, caríssimo, como diz o ditado “há males que vem para bem”. Ao contrário da ideia que vossa graça tenta passar, muitos dos que têm se oposto à antibíblica prática do “dizimo cristão”, têm sido, de fato, esclarecidos à luz da Palavra de Deus com respeito à incoerência dos que se utilizam de expedientes nada honestos para defender o que por Cristo foi abolido de uma vez por todas na cruz, a saber, todo o antigo pacto (João 19:30; Colossenses 2:14). Se a busca por este esclarecimento tem sido inflamada pelos inúmeros escândalos advindos da deplorável Teologia da Prosperidade “são outros quinhentos”.

C. Sanchez: Está crescendo, e muito, o número dos inimigos do dízimo. Curiosamente, boa parte destes (sem generalizar) é formada por desviados, agnósticos, ateus, pessoas revoltadas que se opõem a pastores, igrejas, Ceia do Senhor, inspiração plenária da Bíblia. Tenho observado que cristãos equilibrados, sadios de coração, atuantes na obra do Senhor, não são dados a movimentos revolucionários que querem “reinventar a roda”, derrubar o “sistema” e exorcizar doutrinas, ordenanças e práticas antigas das igrejas.

Comentário (D. Castro): Portanto, não seja leviano ao alcunhar os que buscam trazer esclarecimentos sobre o assunto fundamentando-se de modo imparcial única e exclusivamente nas Sagradas Escrituras e não em tradições eclesiásticas questionáveis, chamando-os de “inimigos do dízimo”, afirmando que boa parte destes são “desviados, agnósticos, ateus, pessoas revoltadas que se opõem a pastores, igrejas, Ceia do Senhor, inspiração plenária da Bíblia”. Sua “santidade”, renomado conferencista internacional e “grande teólogo” assembleiano, porventura se esquece que somente os que assumem um compromisso genuíno única e exclusivamente com a verdade do Evangelho é que são capazes de cumprir plenamente o ministério a eles delegado pelo próprio Senhor? Com todo respeito, irmão Sanchez, “solte o rabo” primeiro, antes de abrir a boca e usar de leviandade contra aqueles que buscam verdadeiramente esclarecer o povo de Deus contra as artimanhas daqueles que acham que podem servir a dois senhores! (Mateus 6:24; Lucas 16:13). Não se esqueça ainda, querido, que segundo se diz popularmente “uma mentira contada muitas vezes, acaba se tornando verdade”, embora de fato não o seja, refiro-me ao suposto “dízimo cristão”. Portanto, amado, nem todas as “práticas antigas das igrejas” são, de fato, corroboradas pelas Escrituras. E aqui jaz o tão tradicional “dízimo cristão”.

C. Sanchez: Concordo que não há uma grande quantidade de versículos a respeito do dízimo no Novo Testamento. Mas também não existe uma passagem sequer desaprovando essa forma de contribuição. E o dízimo tem a seu favor o fato de o Senhor Jesus ter se referido a ele como um dever, a despeito de ser menos importante que o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23).

Comentário (D. Castro): Numa coisa, porém, “quase concordamos”. Mas antes de continuar deixe-me alertá-lo quanto a sua ideia de que se “não existe uma passagem sequer desaprovando essa forma de contribuição”, então não há problema nenhum em fazermos uso dela! Creio que foi isso o que quis transmitir, não foi? Pois bem, e onde nas Escrituras somos instados a ir além do que está escrito? Será que naquilo em que a Bíblia se cala, temos nós “liberdade” de lançarmos mão, ainda que para benefício da obra de Deus? Os fins justificam os meios? Cuidado, querido! Cuidado com afirmações impensadas! Alguém pode lhe entender mal! (1 Coríntios 4:6)

Sua graça diz “Concordo que não há uma grande quantidade de versículos a respeito do dízimo no Novo Testamento”. Bem, além de Mateus 23:23 (cuja passagem paralela encontramos em Lucas 11:42), Lucas 18:12 e Hebreus 7, o que mais temos sobre o dízimo? NADA! ABSOLUTAMENTE NADA! Contudo, os defensores da obrigatoriedade do dízimo para a igreja se agarram a tais passagens, as únicas “migalhas” que têm (em especial Mateus 23:23 e Hebreus 7:1-8), interpretando-as conveniente sem considerar seu real contexto com o propósito de defender sua tese! Mas pergunto a este “grande exegeta”: A quem Cristo está se dirigindo em Mateus 23:23? À Igreja? Ora, caríssimo teólogo, liberte-se das amarras da conveniência! Nem tudo o que Cristo proferiu nos evangelhos ele o dirigiu a igreja! Estaria ele lamentando sobre a igreja ao chorar sobre Jerusalém, dizendo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!”? É realmente a nós cristãos que o Senhor Jesus dirige estas palavras? Ao repreender os escribas e fariseus por sua hipocrisia, Cristo, ainda sob a lei, se dirigia a judeus, querido! Que mais deveria ele dizer àqueles homens insensatos e cegos? Poderia ele ter dito: “devíeis, porém, fazer estas coisas, e podem omitir aquelas!”? [Grifo meu]. Creio que não preciso responder-lhe! E quanto Hebreus 7:1-8? Estaria o autor da carta (que creio ter sido Paulo) ensinando os crentes hebreus ou mesmo a igreja a “dizimar”? Sua conveniência é flagrante, Sr. Sanchez!

C. Sanchez: Embora tenha sido instituído nos tempos do Antigo Testamento e adotado como meio de sustento dos levitas que serviam no Templo, o dízimo tem a sua importância nos tempos neotestamentários. Assim como no Templo os levitas precisavam do dízimo e das ofertas alçadas para manterem o lugar de culto a Deus e se manterem (Ml 3.8-10), os ministros e templos de hoje — e a obra de Deus, de maneira geral — precisam de recursos para a sua manutenção.

Comentário (D. Castro): Não consigo conceber até que ponto pode ir a conveniência de um homem supostamente “tão sábio” a ponto de não enxergar fatos claramente estabelecidos nas Escrituras. Sua graça diz “Assim como no Templo os levitas precisavam do dízimo e das ofertas alçadas para manterem o lugar de culto a Deus e se manterem (Ml 3.8-10), os ministros e templos de hoje... precisam de recursos para a sua manutenção”. Primeiramente, caro irmão Ciro, quem constituiu os “ministros” evangélicos de hoje os “legítimos herdeiros” do sacerdócio levítico da Antiga Aliança? Apresente-me, se possível, um único texto das Escrituras que claramente estabeleça esta suposta transição. E quanto às portentosas “edificações eclesiásticas” de hoje, construídas às custas do suor e da ignorância de muitos crentes e supostamente erigidas “em nome do Senhor” e “para Sua eterna glória”? Onde vemos nas Escrituras qualquer ordenança de Cristo ou de seus apóstolos para que investíssemos tempo e dinheiro em verdadeiros “palácios” para acomodar confortavelmente sua igreja, a qual sabemos é peregrina nesta terra? E onde encontramos na Bíblia qualquer relação entre tais edificações e o Templo do Antigo Testamento ou, ainda, a “Casa do Tesouro”? Ah, desculpe-me, sua graça crê que como as Escrituras não se manifestam sobre isso, não há nenhum mal em acomodarmos da melhor forma possível o povo de Deus para cultuá-lo, não é mesmo? Contudo, amado, Cristo foi categórico ao afirmar à mulher samaritana: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (João 4:23). Os homens criaram todo este sistema de coisas, querido, e agora não conseguem mais arcar sozinhos com ele! Daí a necessidade de usar de subterfúgios e de fazer até “malabarismos” textuais para sustentá-lo [este sistema] com os “dízimos” e as ofertas para manter rodando as engrenagens de instituições puramente humanas! Enquanto isso, o ide de Cristo é cumprido verdadeiramente por homens que se despojaram de tudo e dos quais este mundo não é digno, muitos inclusive partindo para a glória como anônimos entre os santos, mas não diante de Deus! Na Nova Aliança, amado, cada crente é um sacerdote e templo do Espírito Santo! (1 Pedro 2:5; 1 Coríntios 6:19). Conquanto não possamos mais mudar a confusão instaurada hoje e proferida por Cristo em Marcos 4:32 e Lucas 13:19, devemos ter a coragem de confrontar o erro e alertarmos aqueles que dormem! (Efésios 5:14).

C. Sanchez: Por que o dízimo não pode ser usado hoje como um meio de arrecadação de dinheiro em prol da obra do Senhor? Não podem as igrejas pedir o dízimo dos fiéis, desde que não haja barganha e imposição? O que as impede de estimular os servos de Deus a contribuírem mensalmente com 10% dos seus rendimentos?

Muitos têm interpretado mal o fato de o Senhor Jesus ter inaugurado o tempo da Graça (Jo 1.17), ao pensarem que, com isso, Ele aboliu tudo o que fora dado a Moisés. Não! A obra vicária do Senhor serve eficazmente para não mais dependermos da Lei para a salvação, a qual se dá única e exclusivamente por meio da Graça (Ef 2.8-10; Tt 2.11). Entretanto, nem todos os mandamentos e princípios do tempo do Antigo Testamento foram revogados ou desprezados pelo nosso Senhor, como se vê principalmente em Mateus 5 a 7.

Comentário (D. Castro): Com respeito à abolição da lei (ou do Antigo Concerto), caro irmão Ciro, todos nós sabemos que seu fim foi não apenas profetizado, como se cumpriu plenamente em Cristo. Peço que analise os textos que parecem negar que NEM TODA A LEI foi abolida com as seguintes passagens:

“Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31:31-34)

“Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor... Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer” (Hebreus 8:7-9,13)

Muitos outros textos deixam claro que a lei foi totalmente abolida, embora pareça que Cristo apenas a modificou e “ampliou”. E não adianta citar Mateus 5 a 7, para apoiar sua ideia, pois por inúmeras vezes no capítulo 5 Cristo usa a expressão autoritativa “Eu, porém, vos digo”, indicando a implementação de uma NOVA LEI. Lembre-se de que não se pode por “remendo de pano novo em veste velha” e “não se põe vinho novo em odres velhos” (Mateus 9:16-17; Marcos 2:21-22). A lei de Cristo é Nova, Superior e é Perfeita!

C. Sanchez: Em Mateus 5.27,28, vemos — por exemplo — que o Senhor não revogou o mandamento “Não adulterarás”, mas o modificou, tornando-o mais abrangente, passando a considerar o aspecto psicológico. O Senhor Jesus, definitivamente, não revogou toda a Lei (Rm 15.4). Falando especificamente do Decálogo (que é apenas um resumo da Lei), nove dos dez mandamentos foram repetidos no Novo Testamento de maneira ampliada ou modificada. A única exceção é quanto à observância do sábado (Mc 2.24-28; Gl 4.8-11).

Comentário (D. Castro): Ainda com respeito a Mateus 5, o senhor após suas argumentações encerra dizendo “A única exceção é quanto à observância do sábado”. Não sou adventista, mas isso me faz lembrar da desonestidade dos que defendem o suposto “dízimo cristão”, quanto a não aceitarem a argumentação deste movimento sectário que busca sustentar a validade da guarda do sábado alegando que o mesmo é anterior à lei, enquanto fazem uso do mesmo argumento para defender a suposta validade do “dízimo” para a Nova Aliança. Isso lhe parece honesto, querido? Há mim me parece muito mais uma questão de conveniência! E que conveniência!

C. Sanchez: Considero exagerado, extremado, esse movimento que visa a exorcizar e esconjurar o dízimo, com base no argumento de que ele pertence à Lei. Ora, quais são as implicações negativas de sua observância quanto à salvação pela Graça? Contribuir com o dízimo impede alguém de ser salvo? Quem dá o dízimo faz isso para obter a salvação pelas obras?

Comentário (D. Castro): Vossa graça pergunta “quais são as implicações negativas de sua observância [do suposto “dízimo cristão”] quanto à salvação pela Graça? Contribuir com o dízimo impede alguém de ser salvo? Quem dá o dízimo faz isso para obter a salvação pelas obras?”. Ora, meu querido irmão assembleiano, vossa senhoria sabe muito bem como as coisas funcionavam na prática em um passado não tão distante e ainda hoje funcionam em muitas igrejas de sua tão amada denominação (e em diversas outras é claro!). Deixa-se um irmão ou irmã de “dizimar”, era logo visto pelos demais como o pior dos pecadores, sujeito até mesmo à disciplina ou expulsão caso persistisse “no pecado” ou ousa-se questionar a validade bíblica do mesmo com seu “pastor”! Eu mesmo vi crente ser “escorraçado” de sua igreja por insistir em pregar contra a obrigatoriedade do “santo” dízimo. E isto ainda ocorre até hoje, sobretudo, em muitas igrejas interioranas pelo Brasil. Portanto, Sr. Sanchez, não se faça de desentendido. O senhor conhece muito bem os fatos e histórias do tipo são muito bem conhecidas por uma miríade de crentes. E o que dizer da pressão psicológica a que foram submetidos por anos muitos de nossos irmãos e irmãs mais antigos a ponto de hoje julgarem ser um gravíssimo e condenável pecado deixar de “dizimar”, certos de que se não o fizerem arderão no “fogo do inferno” por toda a eternidade! Da boca pra fora, muitos deles dizem, “eu não dou o dízimo para ser salvo”, mas se deixam de “dizimar” por qualquer motivo, julgam-se imediatamente culpados por estarem supostamente “roubando a Deus”, e no primeiro sinal de tribulação (natural na vida de todo o crente), creem estar debaixo de maldição por não haverem se mantido fiéis ao tão imaculado “dízimo cristão”. E o senhor ainda tem o atrevimento de perguntar: “quais são as implicações negativas de sua observância quanto à salvação pela Graça?”. Ora, faça-me o favor, senhor “pastor”! A quem quer enganar?

C. Sanchez: Tudo o que temos, nesta vida, pertence ao Senhor (1 Co 4.7; Tg 1.17; Sl 24.1; Êx 13.2), inclusive o dinheiro (Ag 2.8,9). A Ele não pertence apenas 10% do que possuímos, e sim tudo (100%). E o Senhor tem permitido que administremos o que nos tem dado pela Graça (1 Co 4.1; 6.19,20), inclusive a nossa renda. Uns são mais generosos, e outros, menos. Mas, que mal existe em alguém contribuir mensalmente com o dízimo, para manutenção da obra do Senhor? Antibíblica e anticristã essa prática não é, a menos que somem a ela as técnicas usadas pelos propagadores da falaciosa Teologia da Prosperidade.

Conquanto o texto de Mateus 23.23 apresente uma contundente mensagem do Senhor Jesus aos fariseus, vejo nele incentivo à prática do dízimo aplicável aos dias de hoje. Caso contrário, nada do que está escrito em Mateus 23 poderia ser aplicado hodiernamente. Muitos pastores, por exemplo, baseiam-se no versículo 28 para pregar contra a hipocrisia: “exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e iniquidade”. Por que não podemos usar o versículo 23 para estimular a contribuição do dízimo?

Comentário (D. Castro): Quanto à sua afirmação de que se não pudermos aplicar o texto de Mateus 23:23 “para estimular a contribuição do dízimo” em nossos dias, então “nada do que está escrito em Mateus 23 poderia ser aplicado hodiernamente”, não passa de pura falácia, querido! Quer ver? Em que outro verso deste capítulo, Cristo menciona qualquer outro ponto específico da lei, além do dízimo? Viu, meu caro, embora Cristo estivesse de dirigindo aos judeus não há nenhum problema em tomarmos as repreensões feitas a eles e aplicarmos aos muitos hipócritas hoje no seio na cristandade. Contudo, isto de modo algum nos abona a fazer uso do verso 23 do referido capítulo para dizer que Cristo está-nos “incentivando a dizimar”!

C. Sanchez: O dízimo e as ofertas para a obra do Senhor podem ser defendidos com base em várias passagens neotestamentárias, como Hebreus 7.1-10; Romanos 4.11,12,16; Gálatas 3.9; João 8.39; Atos 4.32; 2 Coríntios 8.1-9; 9.6ss; Filipenses 4.10-19, etc. Mas a passagem mais enfática quanto ao dízimo é mesmo Mateus 23.23. Ela contém um grande ensinamento: o de que devemos priorizar, ao contrário dos fariseus, a justiça, a misericórdia e a fé, mas sem nos esquecermos de que devemos contribuir para a obra do Senhor: “deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”.

Comentário (D. Castro): “O dízimo e as ofertas para a obra do Senhor podem ser defendidos com base em várias passagens neotestamentárias”. Aqui temos a prova da confusão que certos líderes tentam causar na mente dos crentes incautos e imaturos. Como já mencionamos anteriormente, o dízimo segundo a lei sempre esteve em contraste com as ofertas (quer votivas, quer voluntárias) (Deuteronômio 12:6; Deuteronômio 12:17). Contudo, usando de má fé, os defensores do suposto “dízimo cristão” colocam tudo em um mesmo bojo (o dízimo e as ofertas) e alegam que tudo é uma e a mesma coisa, conquanto, por vezes se contradigam, hora afirmando que o dízimo é obrigatório, hora dizendo que deve ser voluntário. As passagens mencionados por vossa graça, irmão Ciro, nada têm a ver com o dízimo! Seja honesto consigo mesmo, por favor! Não lhe dói a consciência? Ao que parece não, pois “volta o cão arrependido...”, isto é, a velha ladainha de que “a passagem mais enfática quanto ao dízimo é mesmo Mateus 23.23”. Que vergonha! As passagens alistadas, com exceção de Mateus 23:23 e Hebreus 7:1-10, as quais já esclarecemos acima não dão qualquer apoio a uma suposta obrigatoriedade de a igreja “dizimar”, tratam especificamente de ofertas e contribuições voluntárias, algumas das quais devem ser sistemáticas, mas não obrigatórias e nem mesmo estipulando o percentual a ser ofertado ou com que se deva contribuir.

C. Sanchez: Opositores do dízimo dizem que o texto de Mateus 23.23 não se aplica a nós porque na cruz toda a Lei foi anulada e tudo o que Ele disse antes da sua crucificação baseara-se na Lei. Bem, se não podemos receber como verdade neotestamentária o que o Senhor disse antes de sua morte e sua ressurreição, a igreja de Atos dos Apóstolos baseava os seus ensinamentos em quê? É evidente que ela seguia as verdades transmitidas por Jesus no período em que andou na terra (o que inclui Mateus 5-7, 23-25, João 13-17, etc.), antes de morrer e ressuscitar, e antes da sua ascensão (At 1.1-9).

É claro que, no tempo da Graça, a contribuição financeira deve ser, antes de tudo, voluntária, generosa, altruísta, em gratidão a Deus por tudo quanto dEle temos recebido (Tg 1.16). Por outro lado, não há necessidade de exorcizar a prática do dízimo, como se ela pertencesse ao pacote herético da Teologia da Prosperidade, a qual é perniciosa em razão da intenção de seus adeptos: “por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas” (2 Pe 2.3).

Contribuir com o dízimo mensalmente, em gratidão a Deus e pensando no bem da obra dEle, não é, de modo algum, barganhar ou ser amante do dinheiro (1 Tm 6.10). A Bíblia não apoia a prática de contribuir financeiramente com segundas intenções. A despeito disso, tenho certeza de que o Senhor abençoa a quem contribui com generosidade, alegria, como se vê claramente em passagens como 2 Coríntios 9.6-15 e Malaquias 3.8-10.

Diante do exposto, a impressão que tenho é que os oponentes do dízimo agem assim muito mais porque não desejam contribuir do que para manter a pureza do Evangelho e protegê-lo da Teologia da Prosperidade. Lembremo-nos de que o nosso julgamento deve ocorrer de acordo com a reta justiça, e não mediante generalizações e “caça às bruxas” (Jo 7.24).]

Por um cristianismo equilibrado,

Ciro Sanches Zibordi.

Comentário final (D. Castro): Novamente a leviandade! Quero crer que por desinformação de sua parte, contudo, uma atitude deplorável. O senhor diz “Opositores do dízimo dizem que o texto de Mateus 23.23 não se aplica a nós porque... tudo o que Ele disse antes da sua crucificação baseara-se na Lei”. Quem disse isso? Conheço inúmeros crentes esclarecidos quanto ao dízimo e jamais ouvi de nenhum deles tal afirmação absurda. Parece que o desespero em sustentar sua “doutrina” do “dízimo cristão” o faz colocar até palavras estúpidas na boca dos que não compactuam com seus “contorcionismos” para defender sua teoria arruinada. Seja honesto, meu irmão, não nos faça parecer tolos!

Além disso, sua “impressão” (para não dizer afirmação) de que “os oponentes do dízimo agem assim muito mais porque não desejam contribuir do que para manter a pureza do Evangelho e protegê-lo da Teologia da Prosperidade” não passa de uma afronta sem precedentes a muitos daqueles que, de fato, estão muito mais interessados na verdade dos fatos, o que certamente trará muito mais honra e glória ao Senhor, do que em subterfúgios e especulações advindos de quem se diz “equilibrado”, mas de fato “pende” muito claramente para o lado que favorece não apenas sua posição como também os dogmas de sua denominação.

Por um cristianismo autêntico,

D. S. Castro.