Em alguns círculos evangélicos, a
subordinação quase cega ao “clero” estabelecido é algumas vezes temperada com
as bajulações interesseiras daqueles que querem galgar mais alguns degraus da
hierarquia, alimentando assim o corrupto “organismo” criado para manter os
autoproclamados “iluminados de Deus” em posição de suprema autoridade sobre os
“leigos”, que devem, por sua vez, render honras e louvor àqueles que “zelam”
por eles, dizem. O mais lamentável é que tudo isso é dito ter a “aprovação de
Deus” e aqueles que não se submetem são frequentemente acusados de
insubordinação, rebeldia, chegando até mesmo às vias da “excomunhão” dos que
contradizem as determinações quase divinas do dito “clero”. Qual o fundamento
bíblico para um sistema tão infame e deplorável que apenas tem trazido vergonha
e escândalo para o evangelho promovendo toda sorte de pecado, desde a cobiça e
a sede pelo poder, às intrigas e “picuinhas” para as quais muitos fecham os
olhos por conveniência e ainda vêm com desculpas do tipo: “Isso acontece em
todo lugar!”, “Deus lidará com os que procedem assim!”, “Só podemos orar e
entregar nas mãos de Deus!”, etc., ao passo que não movem “uma palha” no
sentido de exortar, repreender e confrontar “os que assim procedem” com as suas
próprias faltas, e isso à luz da Palavra de Deus! E quando se trata de exortar,
repreender e confrontar as ditas “autoridades eclesiásticas”, “Nem pensar”,
dizem, “Quem sou eu para me levantar contra o ‘ungido de Deus!’”. Mas, pergunto:
Não é isso que deveríamos fazer? A Bíblia claramente diz que sim, e em Paulo,
temos um claro exemplo disso. Não foi o que ele fez a Pedro, o apóstolo? (Gálatas
2:11) Será que o apostolado de Pedro inibiu Paulo de repreendê-lo
vigorosamente? E você, até quando engolirá calado tanta mentira, engano, falcatrua,
corrupção e toda espécie de pecado de seus “líderes”? Podemos até confrontar os
outros com desculpas “furadas” para justificar nosso posicionamento quanto a
isso, mas não podemos calar a voz do Espírito Santo que fala à nossa própria
consciência e muito menos poderemos nos justificar perante Deus alegando que
não podíamos fazer nada e que só “podíamos orar”! Você teria a petulância de se
justificar desse modo diante de Deus?! Os profetas no Antigo Testamento
confrontaram até reis, e você, porque não consegue confrontar seus “líderes”?
Há meios de fazer isso, sem ser grosseiro ou arrogante, mas não venha com a
desculpa de que não pode! A quem é dirigida a recomendação: “[não] participes
dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (1 Timóteo 5:22)? Se você se
cala, você é cúmplice! Pense nisso!
D. S. Castro.
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