Em que medida ou com que frequência você que se diz cristão costuma ‘conferir’
nas Escrituras tudo aquilo que seus líderes apresentam a você como a verdade do
evangelho? Os cristãos de Beréia costumavam fazer isso com tanta avidez que são
apresentados por Lucas como “mais ‘nobres’ que os cristãos de Tessalônica”
(Atos 17:11).
Seus líderes lhe instruem a confrontar aquilo que ensinam com a
Palavra de Deus? Você costuma fazer isso? O falso ensino de que somente alguns
têm recebido de Deus a “capacidade” e o “direito” de interpretar as Escrituras
é ainda uma ideia muito difundida entre alguns grupos cristãos, porém tal
ensino não se sustenta à luz de um minucioso exame da própria Escritura, que por
vezes nos conclama a examiná-la com sobriedade, sempre buscando nela o
discernimento necessário à nossa prática cristã.
Ademais, a salvação eterna é algo muito sério para que a deixemos nas
mãos de homens tão falhos quanto nós, e a Bíblia não nos recomenda isso. Somos
instados a nos conduzir por seus estatutos [os da Bíblia – a infalível Palavra
de Deus] e não pela tradição e ensinos particulares de homens cujo único
interesse em promover a particular e exclusiva interpretação das Escrituras
pelo chamado “clero” é manter os ditos “leigos” em total submissão a eles [Um
ensino muito conveniente para o tal “clero”, por sinal!].
Além disso, todos nós temos a capacidade de compreender a mensagem das
Escrituras se nos dispusermos a ouvir a voz de seu único intérprete por
excelência, a saber, o Espírito Santo de Deus, pois é Ele quem, através das
Escrituras, convence “o mundo do pecado,
da justiça e do juízo” (João 16:8).
Conquanto muitos, por conveniência, têm preferido receber tudo,
digamos, “mastigado” de seus líderes sem se dar ao trabalho de verificar “se as coisas [são], de fato, assim” e,
por tal atitude insensata, acabam depositando neles [em seus próprios líderes] a
esperança de seu destino eterno, nós, como genuínos discípulos de Cristo,
devemos examinar prudentemente à luz das Escrituras tudo aquilo que nos é
apresentado como ‘biblicamente fundamentado’, pois se assim o for, assim se
revelará pela própria Palavra!
O fato final e crucial é,
portanto, que NINGUÉM, uma vez confrontado com a sua total responsabilidade de
examinar as Escrituras em busca da verdade, poderá ‘NAQUELE DIA’, em que multidões
estarão diante de Deus para receber sua sentença, alegar diante Dele que foi
enganado por seus líderes, pois a Palavra de Deus nos foi dada por Ele para que
a tudo examinemos e julguemos por meio
dela e para que por ela vivamos;
e uma vez que isso seja feito, ela estará sempre pronta a revelar-nos, por intermédio
do Santo Espírito de Deus, todos os Seus eternos desígnios que, por sinal, são
revelados somente aos simples (Mateus 11:25) e jamais aos soberbos e
presunçosos, ‘embebecidos’ por sua tradição (Marcos 7:8; Colossenses 2:8; Tiago
4:6; 1 Pedro 5:5); e a tantos quantos, com sinceridade de coração, assumirem essa
responsabilidade que nos cabe de buscar conhecê-Lo [a Deus] por intermédio de
Sua Santa Palavra, Deus diz: “Examinais
as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de
mim testificam” (João 5:39).
Sua indisposição em
buscar a verdade nas Escrituras, acreditando cegamente já tê-la recebido pela
“boca” de alguém ou por intermédio das tradições e ensinos de homens, sem ao
menos confrontá-los com o claro ensino da Palavra de Deus, poderá,
lamentavelmente, ser a sua sentença de morte... e de MORTE ETERNA! Afinal... como
dito antes, ‘ninguém poderá se justificar diante de Deus alegando ter sido
enganado por outrem, mas cada um dará conta de si mesmo a Ele’ (Romanos 14:12).
Pense nisso!
D. S. Castro.
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