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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Livro "Debatendo com os CALVINISTAS"

(Uma Compilação de Debates Pessoais sobre o Calvinismo)
 
 
Dos debates travados pelo autor com alguns seguidores da doutrina Calvinista, alguns dos quais, mostraram-se amigáveis e solícitos a refletir biblicamente sobre seu sistema doutrinário, embora outros, por sua vez, demonstraram uma debochada arrogância e um presunçoso orgulho de verdadeiros "fanáticos religiosos", são apresentados neste volume apenas os que se desenrolaram no Facebook, todos na íntegra, isto é, sem cortes ou edições (exceto algumas eventuais correções ortográficas).
 
O leitor poderá acompanhar o desenvolvimento das discussões, exatamente na ordem em que transcorreram seguidas eventualmente de notas dirigidas a você (leitor), com vistas a esclarecer certos pontos abordados nos comentários e determinadas situações ocorridas no calor das discussões. Este livro, portanto, não é um compêndio sobre o Calvinismo, mas apenas uma compilação de debates e “debates” em que foram abordados alguns dos pontos fundamentais da doutrina Calvinista, e visa dar ao leitor uma pequena ideia acerca deste sistema irracional e antibíblico, cujos seguidores afirmam ser o próprio evangelho em sua “mais clara e pura expressão” (segundo afirma o Calvinista Leonard Coppes).
 
Portanto, o que por hora é apresentado pelo autor, é uma intensa batalha em defesa da genuína verdade do Evangelho e do próprio caráter do verdadeiro Deus da Bíblia, que não apenas é soberano, mas também é amor, graça, misericórdia e compaixão. Um Deus que ama verdadeiramente todos os homens e a todos oferece uma genuína oportunidade de Salvação.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O "Elias" dos Últimos Dias?

(Uma Breve Análise Bíblica a Respeito do "Desafio" de Bill Keller).
 
 
É lamentável ver como muitos crentes hoje superestimam os sinais e maravilhas em detrimento da simples e ousada pregação do Evangelho. Longe de mim questionar a sinceridade, a fé e o compromisso de Bill Keller com a causa de Cristo, provavelmente motivadas por sua justa indignação com as afrontas terroristas dos partidos islâmicos, contudo, sua atitude, não demonstra maturidade e discernimento quando confrontada com o claro ensino das Escrituras.

Primeiramente, devemos lembrar que o “EVENAGELHO DE CRISTO... é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16) e que hoje (diferente dos tempos da lei), Deus nos fala por intermédio de SEU FILHO (Hebreus 1:1). Isto não significa, entretanto, que os milagres, sinais e prodígios que Deus certamente é capaz de operar não encontrem seu lugar dentro do viver e da experiência cristã diária, pois Cristo mesmo nos disse que “estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Mateus 16:17). Contudo, “estes sinais“ a que Cristo se refere “seguirão aos que crerem”, e não são, necessariamente, a razão pela qual o ímpio crerá. Em João 2:24 lemos sobre certa vez em que Cristo, estando em Jerusalém por ocasião da Páscoa “durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia”, pois [Ele] “não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem”. De fato, muitos dos que seguiam a Cristo, estavam apenas “vislumbrados” com os sinais que Ele operava. E temos a prova deste fato claramente registrada em João 6:32-69 quando muitos daqueles que O seguiam ao serem confrontados por Ele com a verdade e essência do Evangelho, simplesmente debandaram, ainda que tenham presenciado muitos sinais operados pelo Senhor.

Em segundo lugar, os sinais que Deus é e sempre será capaz de realizar apenas provam que Ele é Deus e deve ser temido e não são essencialmente indispensáveis para levar o homem à fé (ao menos não deveriam ser). Quando Cristo se mostrou aos doze após haver ressuscitado, sabemos que Tomé não creu até que O viu e O tocou. No entanto, a ele Cristo disse: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29). Sinais e prodígios não podem ser a base de nossa fé. Nossa fé deve estar firmada na Pessoa e na obra redentora de Cristo.

Em terceiro lugar, temos provas mais do que suficientes no Antigo Testamento de que os sinais e prodígios realizados por Deus no meio do povo de Israel não foram suficientes para mantê-los obedientes e fiéis ao Senhor. Em Números 14:22, por exemplo, lemos:

“E disse o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei. Porém, tão certamente como eu vivo, e como a glória do SENHOR encherá toda a terra, E QUE TODOS OS HOMENS QUE VIRAM A MINHA GLÓRIA E OS MEUS SINAIS, QUE FIZ NO EGITO E NO DESERTO, E ME TENTARAM ESTAS DEZ VEZES, e não obedeceram à minha voz, Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá”.

E o escritor aos Hebreus (que creio ter sido Paulo) falando sobre as muitas vezes em que o povo israelita tentou a Deus no deserto, nos diz:

“Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras”. (Hebreu 3:7-9).

Em quarto lugar, a Bíblia claramente nos adverte “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mateus 4:7; Lucas 4:12). Pôr Deus à prova, fazendo um “acordo” com os ímpios e requerendo deles que se dobrem perante o Senhor caso tenham uma prova de que Ele é o verdadeiro e único Deus por meio de sinais e prodígios, não implica simplesmente em desafiar o ímpio em si, mas ao próprio Deus. Isto é o mesmo que tentá-lo! Além disso, no contexto de 1 Reis 18, não vemos Elias fazendo qualquer acordo com os profetas de Baal de que se Deus derramasse fogo do céu, eles deveriam abandonar o seu falso deus e se converter ao verdadeiro Deus de Israel. Ao contrário disto, todos foram mortos pelos israelitas (versos 39 e 40). Em outras palavras, Elias não pôs em “risco” sua fé desafiando (isto é, tentando) a Deus. Acaso Elias disse que adoraria a Baal se ele lançasse fogo do céu? Elias fez, porventura, um acordo com os falsos profetas de Baal de que ele (Elias) o serviria caso os clamores destes fossem atendidos por seu falso deus? Não, o propósito de Elias, certamente sob o aval de Deus, era repreender o povo israelita que, a despeito de todos os sinais que Deus já lhes havia dado desde de sua libertação da escravidão no Egito, estavam servindo a um falso Deus! [Leia o contexto e entenderá!]

Em quinto e último lugar, não há como negar que nos últimos dias (os quais já são uma realidade para nós) até mesmo Satanás teria poder quase que ilimitado para realizar sinais e prodígios para enganar os que rejeitaram o amor à verdade. Por que razão Paulo diria aos gálatas: “Mas, ainda que nós mesmos ou UM ANJO DO CÉU VOS ANUNCIE OUTRO EVANGELHO ALÉM DO QUE JÁ VOS TENHO ANUNCIADO, seja anátema” (Gálatas 1:8)? E o próprio Senhor Jesus nos adverte: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, E FARÃO TÃO GRANDES SINAIS E PRODÍGIOS QUE, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24). Além disso, a quem Cristo dirá abertamente naquele grande dia: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7:23)? Não será àqueles que tentarão justificar-se diante Dele expondo os sinais e maravilhas que operaram em Seu nome?

O discernimento e a sobriedade parece não ter mais lugar na vida de muitos Cristãos. Mas a Bíblia nos diz que no final dos tempos seria assim (1 Timóteo 4:1; 2 Timóteo 4:3,4).

Portanto, quanto a Keller, do qual não questiono a idoneidade, pois, de fato, não o conheço, sua atitude não me parece plausível com o compromisso que cada crente deveria assumir apenas com o ide de Cristo (Marcos 16:15) e com a suficiência do Evangelho pregado com ousadia e intrepidez, pois este sim (o Evangelho), como dito antes, “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).

Acho que Bill Keller pode estar “brincando com fogo”!

Em Cristo,

D. S. Castro.

Link para a notícia: http://noticias.gospelprime.com.br/pastor-desafio-elias-califa-estado-islamico/