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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Chamados para Sofrer

 
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros... (João 15:18-20).
 
Todo cristão é chamado a sofrer por amor a Cristo. Não há exceções. Se esta verdade não está sendo vivenciada por alguém que se diz discípulo de Cristo, então há algo de errado com o seu cristianismo.
 
Primeiramente, devemos lembrar que há uma irreconciliável inimizade entre Cristo e o mundo. De igual modo, o mundo deve odiar todo aquele que decide seguir a Cristo, isto é, tornar-se Seu discípulo (João 15:18). Isto significa que um autêntico cristão, jamais deverá ser horando pelo mundo, a menos que seu testemunho não esteja de acordo com o que Cristo requer daqueles que decidem segui-Lo. Em segundo lugar, as palavras de Cristo não é o servo maior do que seu senhor” não fariam qualquer sentido se não experimentássemos efetivamente em nossa caminhada cristã as perseguições advindas daqueles que antes odiaram nosso Mestre e Senhor.
 
É importante esclarecer, que não estamos nos referindo às tribulações e dificuldades corriqueiras da vida de qualquer ser humano, que nada mais são do que as justas consequências de nossa rebelião contra Deus, mas sim dos ferozes ataques ao evangelho de Cristo perpetrados contra aqueles que desejam viver piamente para Ele (2 Timóteo 3:12: “E também TODOS os que piamente querem viver em Cristo Jesus PADECERÃO PERSEGUIÇÕES”).
 
Infelizmente, a grande maioria dos que se dizem cristãos hoje, têm mantido um vergonhoso “caso de amor” com o mundo, amando mais as honrarias e o louvor dos homens do que a Deus (João 12:43). Esses autointitulados “cristãos”, que em geral ocupam posições de destaque dentro de seu grupo, nunca saberão o que é sofrer pela causa de Cristo [e nem mesmo o admitem!], pois “seu estômago é o seu ‘deus’” e a desfaçatez de suas suaves palavras de lisonja apenas esconde sua covardia em assumir uma posição definida ao lado de Cristo e do evangelho. Assim como eles amam o louvor dos homens, assim também retribuem suas bajulações com a mesma atitude deplorável. Eles jamais tomarão a sua cruz para verdadeiramente seguir a Cristo, pois tal atitude demandaria impensáveis perdas, segundo o padrão confortável em que vivem. A estes, porém, as Escrituras fazem lembrar: “Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim [de Cristo] e do evangelho, esse a salvará” (Marcos 8:35).
 
Que Deus nos conduza sempre a um auto-exame de nossa consciência para com Deus, para vermos se realmente permanecemos na verdadeira fé (2 Coríntios 13:5), a qual, acima de tudo, envolve negarmo-nos a nós mesmos e declarar TODA a verdade de Deus com coragem e sem qualquer concessão, ainda que isso nos custe um alto preço!
 
D. S. Castro.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

“Ser” ou “Não ser” por Cristo!

 
Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. (Lucas 11:23)
 
Você consegue ver neutralidade nesta passagem? Será que aqueles que, a despeito de se dizerem cristãos, tratam com indiferença a causa de Cristo [o evangelho] por puro interesse pessoal, estão isentos do juízo de Deus? Certamente, Cristo espera que tomemos uma POSIÇÃO DEFINIDA quanto a Ele. Como Ele mesmo disse em outra ocasião: Não podemos servir a dois senhores! (Mateus 6:24). O lamentável é que muitos cristãos hoje [e sempre] insistem em permanecer “em cima do muro” quando se trata de defender com convicção e autoridade as eternas verdades do evangelho. Receosos de ofender aqueles que relativizam a verdade, eles acabam também tratando-a com indiferença. E quando a questão envolve o risco de ter que romper relacionamentos, abdicar de posições, abrir mão do tão atraente louvor dos homens, a situação é ainda mais lastimável! Nesta passagem, Cristo é categoricamente firme: Quem não é por mim é contra mim! “Ser por Ele”, contudo, não significa viver um cristianismo maculado com as filosofias e práticas do mundo, cuja máxima é o amor subjetivo acima de tudo, que a todos “respeita” e que a tudo tolera em nome da unidade. Também não significa aceitar as “diferenças” quando a verdade é comprometida. “Ser por Ele” significa andar como Ele andou, seguir os Seus passos, carregar nossa cruz, pouco importando se com isso seremos odiados, desprezados e até perseguidos, pois por tudo isso Ele passou para nos garantir o presente da salvação, e para nos dar o exemplo a ser seguido. O quê você tem se mostrado disposto a sacrificar para “Ser por Ele”? Esteja certo de que Ele não aceita menos do que a sua vida por completo, em inteireza de corpo, mente e espirito! Se contudo, movido por interesses pessoais e, por que não dizer, egoístas, você não é capaz de “Ser por Ele” em TUDO, saiba que não há “meio termo” aceitável, você será “Contra Ele”... Você não estará “ajuntando” para Ele, mas “espalhando”. Pense nisso!
 
D. S. Castro.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A que “Igreja” você pertence?

Fizeram-me essa pergunta há alguns dias. A resposta que dei está nas ENTRELINHAS desse pequeno texto que redigi um tanto às pressas, por isso, peço desculpas se ele não lhes parecer muito fluente. Embora eu sempre me preocupe em apresentar um bom “discurso”, desta vez estou meio sem tempo. Leiam e reflitam! Não tenho interesse de debater o assunto, mas comentários com dúvidas pertinentes serão respondidos tão logo quanto possível!
 
QUANDO alguém lhe pergunta a que igreja você pertence, qual a sua resposta? Igreja “A”, “B”, “C”,... Com isso, refiro-me ao que usualmente [comumente, tradicionalmente, forçosamente] entendemos por “igreja”, isto é, denominação, ministério, seita, etc.,... De fato, é exatamente isso o que as pessoas que nos dirigem essa pergunta querem saber. De início, é importante deixar claro que tal conceito não é bíblico, pois o termo “igreja” no Novo Testamento nunca tem [possui] esses significados [denominação, ministério, seita, etc.]. Se não acredita, procure e confira por você mesmo, e verá que o seu significado tem sido convenientemente mudado e o engano [é claro] inevitavelmente estabelecido pela tradição dos homens! Mas voltando à questão inicial, complemento: Onde vemos nas Escrituras qualquer menção sobre essa forma de identificação entre os cristãos primitivos, e ainda mais, com aprovação de Cristo e de Seus apóstolos? Simplesmente não há nada a esse respeito nas Escrituras [na Bíblia]! E por quê? Por que essa nunca foi a vontade de Deus! Alguns talvez aleguem que quando anunciam o evangelho, apenas se identificam como cristãos e pregam somente a Cristo. Contudo, quando vem a fatídica pergunta... é inevitável... eles se revelam associados a algum “partido cristão”. Outros dirão que isso não importa, pois o importante é que o evangelho está sendo pregado! De fato! Não nego que essa é a única coisa que realmente importa! Mas, então, cabe a pergunta: O que Cristo está usando para alcançar os perdidos: A Sua Palavra, a qual, de fato, está sendo pregada, ou a denominação “A”, “B”, “C”, etc.? NÃO CREIO QUE CRISTO ESTEJA USANDO NADA ALÉM DO QUE A SUA PALAVRA PARA ALCANÇAR O MUNDO! Pois onde quer que ela seja pregada – na rua, no bar da esquina, num bordel, numa dita “igreja” – se pregada com autoridade e poder dados por Deus àqueles que a ministram, seus efeitos serão inegavelmente notados! O resto, contudo, não passa de invenção humana. Coisa de quem não vive pela fé, mas por vista! Além disso, pode até ter sido por ignorância ou com a melhor das intenções, mas o fato incontestável é que TODAS as denominações, ministérios, seitas e qualquer espécie de “partidarismo cristão” nasceram unicamente da vontade de homens e não da vontade de Deus! E ainda acrescento: TODAS, sem exceção, estão fundamentadas sobre o mesmo pecado: o de SECTARISMO! O pecado cuja semente brotou ali em Corinto e que foi duramente repreendida por Paulo (1 Coríntios 1:12 e 3:4). Pergunto, então: Existem salvos nas denominações, isto é, membros da única Igreja verdadeira – o Corpo de Cristo, a Assembleia dos Santos, a Igreja do Deus Vivo? Certamente que SIM! Agora, pense comigo: Sou membro do Corpo de Cristo, pois fui salvo por Ele, mas afiliei-me “de carteirinha” à “denominação A”, mas meu irmão em Cristo, membro do mesmo Corpo, pois ele também foi salvo pelo Senhor, é afiliado nos mesmos moldes à denominação “B”. Poderemos nós comungar um com o outro sob tais circunstâncias? Somos de fato livres para nos alegrarmos EM UM SÓ ESPÍRITO no Senhor! Não fomos nós separados por questões puramente FÚTEIS? Claro, pois todos devemos concordar que as separações que deram origem às denominações, quando não por ignorância, ocorreram por discordância com respeito a pontos elementares e que, em sua grande parte, nada tinham a ver com questões doutrinárias sérias, mas comumente estavam relacionadas a usos e costumes, culto e adoração, E NÃO RARAS VEZES, POR INTRIGAS E COBIÇA PELO PODER. Quanta meninice! Pergunto ainda: COM QUE AUTORIDADE OS HOMENS DIVIDIRAM O CORPO DE CRISTO? ONDE NAS ESCRITURAS ENCONTRAMOS QUALQUER INSTRUÇÃOS DE CRISTO E DE SEUS APÓSTOLOS PARA ASSIM “ESQUARTEJARMOS” [Desculpem a expressão] O SANTO E IMACULADO CORPO DE NOSSO SENHOR: SUA IGREJA! Pergunto, então: ESSA COMPLETA CONFUSÃO HOJE INSTAURADA NA CRISTANDADE, É A VONTADE DE DEUS? No céu não haverá qualquer divisão partidária, pois todos nós os salvos seremos ainda, como agora somos, membros do Corpo de Cristo, conquanto lá seremos como Ele é! Você lembra da oração que Cristo nos ensinou? “SEJA FEITA A TUA VONDADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU” (Mateus 6:10). Não seria, portanto, da vontade de Deus que aqui e agora sejamos UM SÓ CORPO, assim como Sua Perfeita Vontade foi estabelecida no céu? Compete, portanto, a nós cumprirmos a Vontade de Deus! Pois só assim teremos plena liberdade em Cristo para anunciar um evangelho puro e cristalino sem o selo, marca ou carimbo de instituições puramente humanas, cujo sistema organizacional, além de antibíblico, tem permitido a proliferação de toda a espécie de corrupção e pecado, escandalizando, por fim, o santo nome de Cristo! Pensem nisso!
 
D. S. Castro.